sexta-feira, julho 11, 2003

A crise chega aos festivais de Verão!

Ontem iniciou-se o Festival das Dunas de S. Jacinto, o primeiro de uma série de festivais de música rock que todos os Verões arrastam milhares de jovens, e alguns menos jovens, com as mochilas às costas, a fim de expulsarem toda a energia acumulada nos seus corpos.
No entanto, em ano de crise, estava com alguma curiosidade no sentido de saber se, ao ní­vel deste tipo de festivais, a crise porque estamos a passar teria efeitos ou não na adesão por parte do público. Pois bem, pelas notí­cias de alguns jornais de hoje, o primeiro dia do Festival das Dunas de S. Jacinto teve pouca participação por parte dos apreciadores do rock.
Duas razões poderão explicar esta situação. Por um lado a já referida crise económica, que obriga as famílias a dispensarem menos dinheiro para os seus filhos e a estabelecerem prioridades ao nível da passagem das férias. Por outro lado, nos últimos anos tem-se assistido à  multiplicação de festivais de vários estilos musicais (rock, dance, trance, etc.) de Norte a Sul de Portugal, que, naturalmente, num país de reduzida dimensão como o nosso, obriga a que o público se espalhe pelos vários festivais.
A tendência, penso eu, será para que, no futuro, se mantenham apenas os festivais que consigam aliar um bom programa musical à imprescindí­vel beleza natural dos locais onde se realizam. E nesse particular, os dois festivais com mais pergaminhos que se realizam para os lados do Gerês (Vilar de Mouros e Paredes de Coura) são simplesmente de uma qualidade irrepriensível.
Cá por mim, prefiro o festival rock mais antigo de Portugal e, por isso, lá rumarei este Verão a Vilar de Mouros para disfrutar do encantamento da paisagem minhota e assistir a alguns concertos, dos quais destaco o dos HIM.

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