quinta-feira, julho 03, 2003

Onde páram os polícias em Portugal?

Na entrevista concedida ao Diário de Notícias pelo Inspector Geral de Administração Interna, Rodrigues Maximiano, é-nos dado um breve retrato sobre a situação das forças de segurança em Portugal. Ficamos a saber que um dos grandes males da polícia portuguesa (PSP, GNR e PJ) é o facto de grande parte das funções de secretaria serem efectuadas por agentes fardados, que deveriam estar, efectivamente, ao serviço das populações e não atrás de secretárias. O Inspector diz-nos também que se este tipo de funções fossem realizadas por funcionários públicos, teríamos agentes suficientes para a realidade portuguesa e, porventura, nem seria necessário aumentar o número de agentes da segurança.
Ficamos, assim, a saber que existem em Portugal 46000 agentes, mas que muitos deles não realizam um efectivo serviço de vigilância e segurança, pois estão apenas a tratar de papelada. E, cúmulo dos cúmulos, somos o país da UE com o melhor rácio de habitantes por polícia (apenas 218 habitantes por cada polícia).
Pois bem, concordo plenamente com as ideias veículadas por Rodrigues Maximiano. Nas escolas, centros de saúde, hospitais e tribunais deste país o serviço administrativo não é assegurado por funcionários públicos? Então, porque não acontece o mesmo nas esquadras portuguesas?
Esperemos que este Governo tenha a coragem de resolver esta situação e colocar todos os agentes fardados onde são necessários, ou seja, nas ruas e avenidas deste país.

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