quarta-feira, outubro 29, 2003

O jogador

Pela terceira vez consecutiva, o advogado do famoso Bibi, conseguiu adiar o início do julgamento em que Carlos Silvino é acusado de vários crimes de abuso sexual de menores. O advogado do acusado, José Maria Martins (JMM), afirmou ontem aos orgãos de comunicação social, à saída do tribunal, que, como advogado, tem de se comportar como um jogador, definindo as estratégias necessárias que o ajudem a dar a volta ao jogo...
Com esta afirmação, JMM comporta-se como um indivíduo sem escrúpulos, exercendo o direito de defesa do seu constituinte sem respeito pelos demais intervenientes no processo, entre os quais as testemunhas, os restantes advogados, os juízes e até a população em geral, que tem uma grande expectativa relativamente ao normal desenrolar deste processo. Ora, JMM serve-se de todos os meios que estão à sua disposição para atingir os seus fins, que neste momento não parecem passar pela absolvição do seu cliente, mas apenas pelo adiamento do início do julgamento. Talvez à espera de uma prescrição ou da desistência das testemunhas...
A verdade é que este senhor tem fama, entre os seus colegas, de ter uma enorme falta de urbanidade e de agir, muitas vezes, de má fé, não se importando, minimamente, em, pelo menos, ser mais discreto nas estratégias que delinea no seu "jogo". Ontem, foi descarada a forma como deixou para os últimos segundos o incidente de recusa do juiz presidente do colectivo, o que demonstra com clareza a falta de vergonha deste senhor, que nos aparece em casa, através da televisão, com uma postura sobranceira, como se fosse o dono da verdade.
Será que a Ordem dos Advogados vai assistir, impávida e serena, à forma descarada como este senhor desprestigia a sua classe?

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