sexta-feira, outubro 10, 2003

Uma classe desgraçada...

Advogados, engenheiros, arquitectos, médicos e enfermeiros, todos têm a sua própria ordem profissional, constituindo cada uma delas um autêntico protectorado em defesa dos interesses dos seus profissionais. Pelo contrário, os professores, que neste país se contam por mais de 200 000 (sim, leram bem, duzentos mil) pertencem a uma classe profissional completamente dividida, proloiferando por aí dezenas de sindicatos, que se dizem defensores dos interesses dos professores, mas que no final de contas, constituem, muitos deles, verdadeiras fraudes, que, na prática interessam ao Estado, pois, como diz o povo, "casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão".
Hoje em dia, o professor, é cada vez mais visto na sociedade portuguesa, como o indivíduo que anda de terra em terra a aturar os filhos dos outros, ou então como aquele que, não arranjando outro emprego, se sujeita a trabalhar em horário incompleto para ganhar umas dezenas de contos por mês. A acrescentar a isto, há aquela velha máxima de que "os professores gozam muito tempo de férias".
Pois é, o que faz falta é mesmo a criação de uma Ordem dos Professores, que defenda os direitos dos professores, mas que também fomente a ordem e o rigor que é necessário implementar nas nossas escolas, que constituem cada vez mais verdadeiros depósitos de crianças e jovens.

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