quarta-feira, novembro 26, 2003

A vez de Justino...

Chegou agora a vez de ser o Ministro da Educação, David Justino, a ter de se explicar das suspeitas de irregularidades cometidas pelos serviços do Ministério da Educação relativamente à colocação de professores. Nos últimos dias têm surgido na comunicação social, por intermédio da FENPROF, uma série de casos onde há suspeita, segundo o Sindicato dos Professores da Região Centro, de ter havido um alegado favorecimento na colocação de professores em escolas dos distritos de Aveiro, Coimbra, Castelo Branco e Viseu.
Depois de Isaltino Morais, Pedro Lynce e Martins da Cruz, é agora David Justino o "crucificado" e alvo de suspeitas de estar metido em situações de "cunha". A propósito destes casos há três considerações a fazer:
1ª - ainda não se sabe nada acerca das alegadas irregularidades de que Isaltino Morais foi acusado, não se sabendo inclusivé o que é feito do mesmo e do seu sobrinho taxista;
2ª - os sindicatos parecem ter-se especializado na função de investigar, o que, por um lado é positivo e demonstra a sua capacidade de acção, mas por outro leva a entender que o sindicalismo se está a desviar daquilo para que foi criado;
3ª - urge a necessidade de que as inspecções e investigações aos serviços públicos sejam realizadas de forma coerente e rigorosa, até para salvaguarda dos próprios Ministros e Secretários de Estado, visto que estes são, muitas vezes, considerados pela opinião pública como culpados das situações irregulares, mesmo quando as mesmas não estão sobre a sua acção directa.
Resta saber o que irá acontecer a David Justino e qual o Ministro que se seguirá no rol das suspeitas...

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