Todo o Homem é um ser político, já dizia o filósofo. No entanto, muitas pessoas nem notam que estando a favor ou contra a política em si mesma, basta falar na sua face mais visível (no Governo, nos ministros, nos deputados e nas suas medidas ou não-medidas) para se constituir como um ser político.
A este propósito, existem várias formas de se estar na política.
Primeiro, temos aqueles que estão na política por convicção: desde pequenos que gostam da política e do confronto de ideias; geralmente são simpatizantes ou até militantes de algum partido e aproveitam qualquer diálogo para defenderem a sua "dama". Muitas vezes não têm qualquer benefício em serem tão activos, aliás têm é trabalho! Pertencem às chamadas "bases" dos partidos.
Depois temos aqueles que pensam a política pela sua própria cabeça, não se inibindo de criticar o partido pelo qual nutrem simpatia: cada vez são menos e, geralmente, são mal vistos pelos seus companheiros de partido. Dou os exemplos de Luís Sá e João Amaral no PCP (estes bem sofreram na pele as críticas feitas ao partido), de Pacheco Pereira no PSD e Manuel Maria Carrilho no PS.
Temos ainda aqueles que estão na política por conveniência e cujo principal propósito é aproveitarem-se da política para "orientarem" a sua vida. Talvez constituam a maior parte dos nossos deputados, que seguem à risca a linha do partido, inibindo-se de criticar o seu partido.
Finalmente, não nos podemos esquecer daqueles que estão na política sem o saberem: refiro-me aos que dizem não querer saber da política para nada, que criticam os políticos por serem todos iguais, mas que no fundo estão sempre a falar (mal) da política e dos políticos e, que para cúmulo das coisas afirmam querer mudar o rumo das coisas, mas que não vão votar. Neste grupo estão a maior parte das pessoas: dizem detestar a política, mas estão sempre a falar nela...
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