sexta-feira, janeiro 25, 2008

Ao cuidado da Sr.ª Ministra

Uma sondagem mundial efectuada pela Gallup para o Fórum Económico Mundial (WEF) indica que os professores são os cidadãos em quem os portugueses mais confiam e também aqueles a quem confiariam mais poder no país. Seria bom que a equipa ministerial responsável pela área da Educação tomasse consciência desta tendência e se preocupasse um pouco mais em dignificar os docentes deste país. Aliás, não é por acaso que a classe política é aquela que menos respostas favoráveis recebeu dos inquiridos.
Claro que me poderão dizer que nem todos os professores são competentes. Claro que isso é verdade. Como em todas as profissões do mundo, há bons e maus em todo o lado. Agora, não tenhamos dúvida que os professores são "pau para toda a colher": são educadores, formadores, confidentes, orientadores, animadores, enfim, para muitos jovens, cujos pais estão ausentes (não só fisica, como moralmente), os professores são autênticos pais...
Agora, quem não está dentro do sistema de ensino, não imagina aquilo que se vive nas escolas: professores desanimados e esgotados, que se sentem desprezados e desrespeitados pela tutela, e que, por exemplo, viram nos últimos dez anos o seu poder de compra diminuir, em média, 12%. Isto já para não falar da questão das quotas, que torna possível que um docente fique instalado no mesmo escalão até ao fim da sua carreira. E o que é feito da dignidade e prestígio da profissão docente, quando é alguém do próprio Ministério que trata os professores como "professorzecos"! Enfim, sem ovos não se fazem omoletes e sem professores dignificados e respeitados não se educam os adultos de amanhã...
Retirando Santana Castilho, não vejo mais ninguém que, assiduamente, dê a conhecer nos órgãos de comunicação social, a verdade sobre a Educação deste país... Cavaco Silva tem sido uma desilusão, Mário Nogueira está excessivamanente conotado com o PCP (o que lhe retira credibilidade), no PSD tudo é surdo e mudo, a restante oposição eclipsou-se... Enfim, estamos na mó de baixo!

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