terça-feira, março 12, 2013

Recordar aos mais distraídos...

Há quem seja distraído por natureza e há quem se faça de distraído por mera conveniência. A propósito da crise financeira em que Portugal está mergulhado (e vai continuar por muitos anos), com óbvias consequências de âmbito social (redução do poder de compra, diminuição do consumo, aumento das falências, crescimento do desemprego, etc.), Cavaco Silva apresentou no prefácio dos seus "Roteiros VII" um texto muito claro sobre os os factores que nos fizeram chegar até aqui.
Claro que para muitos só interessa criticar os "males" da cura, fazendo "tábua rasa" de anos de incompetência e irresponsabilidade governativa que nos conduziram ao estado de bancarrota que tomou conta do país há dois anos atrás e que só não se agudizou ainda mais porque a troika entrou em Portugal. Há quem não tenha memória! Mas, também há quem a tenha e não ignore as circunstâncias históricas tão necessárias de serem relembradas aos mais distraídos e aos que se fazem de distraídos.
Por isso, deixo aqui apenas alguns dados concretos, apresentados no prefácio de Cavaco Silva, que provam que os erros cometidos durante o perído socrático terão consequências nefastas ao longo de muitos anos. E é bom que, de vez em quando, se recordem os mais distraídos das circunstâncias que nos trouxeram até este estado de "definhamento" sócio-económico de Portugal:
- "há que ter presente o diagnóstico, saber como chegámos a uma situação para a qual, em devido tempo, alertei os Portugueses. A principal razão da crise portuguesa reside na acumulação insustentável de desequilíbrios das contas externas – entre 2005 e 2010, o défice anual foi, em geral, superior a 9 por cento do PIB – e no consequente aumento do endividamento do País para com o estrangeiro e do respetivo encargo de juros." pág. 3
- "o saldo devedor da nossa Posição de Investimento Internacional, que corresponde grosso modo ao grau de endividamento líquido da economia para com o exterior, subiu de 67,4 por cento do PIB, no fim de 2005, para 107,2 por cento, em 2010." pág.3

3 comentários:

Orlando disse...

Foi Cavaco quem criou o monstro.

Afonso disse...

O Cavaco só pensa em defender-se. Está-se a borrifar para os portugueses.

Anónimo disse...

FOI MESMO O CAVACO QUEM CRIOU O MONSTRO... CABRÃO!